"Mónica e o Desejo" Ingmar Bergman (1918-2007)
Mónica, quero o meu Verão de volta.
Para onde foi o desejo, para onde fui eu?
The song begins with 30 seconds of atmospheric feedback -- reminiscent of a ghost train pulling into the station -- before a nimble bass line from Gary Mounfield starts it off. Soon, John Squire is echoing the bass line with his equally sublime guitar, and drummer Reni enters in turn a few bars later with punchy, echo-laden drumwork. Almost a full two minutes in, Ian Brown finally opens his mouth and begins a yearning vocal performance with the enigmatic lyric, "I don't have to sell my soul/He's already in me." Brown and Squire soar over the rhythm section, weaving voice and guitar into a mildly dizzying froth before the band reaches a restrained climax of sorts. Brown casually floats back into the song, gradually letting go to repeat the title again and again with more energy until singer and band peak at the same time, just a few seconds before the end of the song.
From Allmusic
A questão dos Mimos e da Universal falta deles é um assunto central na cartilha "manyfacista". Posso dizer que não foi por falta de mimos de Mamã, quem sabe se não foi por excesso. Ainda um dia destes vou conseguir explicar exactamente porquê, sendo certo que os "mimos" aqui têm um sentido que tem de ser bem explicado. O mimo é uma prova muito nobre de existência, de sentido, de esperança. Quando no sofá alguém passa a mão no cabelo ou careca do outro, devagarinho, só por passar, só por estar ali... Esse gesto para mim é uma coisa que suspeito que deve estar no centro do Universo. Às vezes desconfio que o Universo deve ser isso mesmo, não há que procurar muito mais além, o CERN que poupe dinheiro nisso (um Bosão de Higgs não é nada ao pé dum Mimo, por isso não se esforcem tanto em encontrá-lo...). Tudo isto não deixa de ser fantástico atendendo a que estamos mais ou menos abandonados numa galáxia perdida, no meio de lado nenhum, com uma densidade muito baixa de mimos por km2. E no entanto, os mimos ainda vão existindo, um bocado angustiados, mas existem com uma vontade notável de sobrevivência.... E digo "eu", porque, honestamente, acho que os outros em regra não andam nada preocupados com isto, ou se estão não passam a vida em blogs a falar de mimos. Sorte a deles. O meu problema é cosmológico. Onde encaixam os mimos no Universo? Para onde vão os mimos quando nos vamos embora? Onde ficam os mimos quando não estamos a olhar? Para que servem os mimos?
Ontem no CCB, concerto do jay Jay Johanson, fui sozinho. Ao meu lado uma rapariga, também sozinha, que conhecia as canções todas como eu. E no fim do espectáculo deu-me uma vontade do raio de lhe perguntar se não queria falar comigo à volta dum cafezinho. Diz-me Ester: isso são lá coisas que se possam perguntar por aí? Ainda olhei para ela mas achei que dali ainda levava era uma joelhada nas virilhas, o que para os mais desesperados não deixará de ser um mimo... Há lá esperança para quem tenha ânsias destas em fim de concerto? Conversinha de café, com esta idade manyfaces...? Lá fui para casa ordeiramente, sem conversas nem mimos, resignado à tal lei Universal de baixa densidade de mimos por km2.
Com agradecimentos especiais à Dona Ester.
"...... O que importa, o que acima de tudo importa, é que o mágico consiga que o coelho desapareça."
Pedro Mexia, "O Coelho Químico"
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